Prevenir o Descondicionamento dos Idosos no Contexto da Pandemia
Prevenir o Descondicionamento dos Idosos no Contexto da Pandemia
As medidas colocadas em prática para combater a propagação da pandemia são essenciais para proteger a população, sobretudo os idosos de 70 anos ou mais.
Essa faixa etária corre um risco maior de ser afetado se contraírem a Covid-19.
No entanto, essas medidas modificam os hábitos de vida e podem ter efeitos negativos no nível de atividade física, nutrição e saúde mental dos idosos, o que pode levar ao descondicionamento.
E embora a maioria dos idosos já tenha sido vacinada, é essencial ficar atento a essas consequências negativas.
Vamos mostrar aqui o que é o descondicionamento, suas consequências e maneiras de prevenir.
O que é descondicionamento?
O descondicionamento é o conjunto de consequências físicas, mentais e sociais associadas à inatividade, a um período de sedentarismo ou a uma falta de estímulo intelectual e social.
Embora seus efeitos sejam reversíveis, existe um impacto negativo sobre a autonomia, e os idosos são os mais afetados neste contexto da pandemia.
Diversas complicações podem surgir com o descondicionamento, por exemplo:
- Perda de massa e força muscular ou problemas de equilíbrio, que aumentam o risco de quedas e fraturas;
- Deterioração da memória;
- Confusão;
- Diminuição das capacidades cardiorrespiratórias, acompanhadas de um risco de insuficiência cardíaca e infecção;
- Dificuldade em preservar suas capacidades, subir escadas ou fazer atividades físicas ou esportivas.
Não é à toa o aumento por médico ortopedista nesse período, o que mostra a importância de fazer um acompanhamento mais de perto.
Como prevenir o descondicionamento?
Apesar das medidas restritivas, é recomendado aos idosos participarem de atividades que permitam prevenir o descondicionamento.
Existem diversas ações simples para favorecer a saúde física e mental durante esse período.
É importante manter uma rotina regular e hábitos saudáveis, como adotar uma dieta balanceada, por exemplo.
Também é essencial permanecer ativo com toda segurança, se vacinar e respeitar os protocolos sanitários.
Essas ações possibilitam preservar sua autonomia física, suas capacidades cognitivas e manter o bom humor, que são em três frentes:
- Autonomia e mobilidade;
- Nutrição e hidratação;
- Saúde mental e cognitiva.
Autonomia e mobilidade
Será que eu tenho risco de perder a autonomia e mobilidade?
Vale a pena se fazer as seguintes perguntas:
- As minhas atividades físicas regulares diminuíram?
- Estou menos autônomo em algumas de minhas atividades?
- Estou com mais dificuldade em me locomover, mudar de posição, andar?
- Eu perco, às vezes, o equilíbrio?
- Eu levei uma queda nos últimos meses?
O que fazer se você respondeu sim a uma ou várias perguntas?
É importante seguir um programa de exercícios no seu ritmo e conforme suas capacidades.
Tente caminhar, seja no interior da sua casa ou até no quarteirão do seu bairro.
Aproveite todas as ocasiões possíveis para se movimentar: fazer sua cama, preparar suas refeições, passar suas roupas, etc.
Nutrição e hidratação
Será que eu tenho risco de desnutrição e desidratação?
Preste atenção a alguns aspectos:
- Se você perdeu peso de forma involuntária nos últimos seis meses;
- Se seu apetite ou hábitos alimentares mudaram no último mês;
- Está mais cansado;
- A sua urina está mais concentrada.
Tome muito cuidado com a desnutrição, pois leva à perda de massa muscular, forças e autonomia.
Por isso, é essencial consumir proteínas, beber água mesmo sem sede, fazer pelo menos três refeições por dia.
Saúde mental e cognitiva
A saúde cognitiva refere-se à capacidade de perceber, compreender e analisar as informações à sua volta.
Se você perdeu o interesse por coisas que gostava de fazer, se sente sozinho, triste, inquieto ou está com falta de energia, provavelmente sua saúde mental está afetada.
Outros pontos a ficar atento são:
- Se você se esquece das coisas;
- Se confunde os dias e as datas;
- Se tem mais dificuldade em organizar as etapas de uma receita.
Portanto, procure dormir de 7 a 8 horas por noite, fazer atividades físicas regularmente, se dedicar a um hobby, etc.
Quando se trata de pessoas idosas, os cuidados devem ser redobrados, em especial durante esse período de distanciamento social.
Por isso, é essencial ficar alerta aos sinais que possam indicar que o idoso precisa de ajuda, e quanto antes agir, melhor!
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