Surdez e deficiência auditiva qual a diferença
Pessoas portadoras de surdez somam 3,2% da população brasileira e são os que usam a Língua Brasileira de Sinais- Libras- para se comunicar, que foi oficializada como linguagem de comunicação e expressão em 20002. Outras pessoas com deficiência auditiva ainda são capazes de utilizarem a língua portuguesa falada.
Antes de 2002, as pessoas legalmente surdas apenas conseguiam se comunicar com a oralização, que é a leitura labial e leitura escrita na língua portuguesa, o que dificultava até 70% do total de compreensão da mensagem passada.
Surdez é a mesma coisa que deficiência auditiva?
O que irá diferenciar surdez de deficiência auditiva é basicamente a profundidade da perda auditiva. Perdas leves e moderadas na capacidade de detectar sons serão consideradas deficiência auditiva, assim como problemas de má-formação por causas genéticas, lesões na orelha ou no aparelho auditivo. Já pessoas que perderam totalmente a audição e não conseguem escutar nada serão consideradas surdas. Parcialmente surdas são as pessoas com perda auditiva, mas que conseguem ser funcional com ou sem prótese auditiva.
O que é surdez
Surdez é o nome adotado quando a pessoa está impossibilitada totalmente ou parcialmente de ouvir. A audição se baseia em um sistema de canais que conduzirá os sons até o famoso ouvido interno. Lá, essas ondas sonoras se transformarão em estímulos elétricos que, quando enviados ao cérebro, serão interpretados e identificados para compreendermos o que foi ouvido.
Segundo a Biblioteca Virtual da Saúde do Ministério da Saúde, há alguns tipos de surdez, como:
-
Surdez Ligeira:
Nela, as palavras serão ouvidas, mas alguns elementos fonéticos não serão captados pela pessoa. Não afetará o aprendizado da fala, mas pode causar uma certa dificuldade em conversas do dia a dia;
-
Surdez Média:
Nesse tipo de surdez, apenas palavras com grande intensidade na pronúncia serão entendidas, haverá certo atraso no aprendizado da fala e também causará perturbação na articulação de palavras. Além disso, conversas pelo telefone podem ser bem difíceis, já que a leitura labial será essencial para a compreensão completa da conversa;
-
Surdez Severa:
Nesse tipo de surdez, uma palavra dita em volume normal não será notada, apenas gritos poderão causar sensação auditiva. A pessoa praticará com intensidade labial para melhor comunicação;
-
Surdez Profunda:
Na surdez profunda, a pessoa não possui sensação auditiva, terá grande dificuldade na fala e no aprendizado da linguagem oral, será mais fácil adquirir aprendizado na Língua Gestual;
-
Cofose:
É o nome quando há uma surdez completa, sem nenhum sinal de som.
O que causa surdez
Um tipo de surdez, chamada de surdez de condução, é causada por problemas como acúmulo de cera de ouvido, otites (infecções no canal auditivo) ou até imobilizações de um ou mais ossos da parte interior do ouvido. Para o tratamento, é indicado medicamentos ou então cirurgia;
Outros problemas como meningites, viroses e até mesmo uso de determinadas drogas e medicamentos podem causar a surdez de cóclea ou do nervo auditivo. A genética também pode ser uma causadora de problemas auditivos, assim como exposição longa a ruídos de alta intensidade, o envelhecimento, alergias e tumores. Para solucionar esse tipo de surdez, podem ser recomendados remédios, cirurgias ou então o uso de aparelhos auditivos para melhorar a qualidade de vida. Dependendo da sua localização, empresas locais podem ser a solução para melhor serviço, como aparelhos auditivos Curitiba.
Problemas como nascimentos prematuros, peso abaixo da média ao nascer e o uso de medicamentos antibióticos que podem ser tóxicos ao ouvido, no berçário, também podem causar algum tipo de problema auditivo.
Doenças que causam surdez
Como já comentado antes, meningites e viroses podem causar problemas na audição. Além delas, infecções como sífilis, toxoplasmose e rubéola também podem causar surdez no bebê quando adquiridas durante a gravidez.
O que é bom para surdez no ouvido
Métodos de prevenção de surdez existem, principalmente durante a gravidez, como:
-
Pré-natal:
Um bom pré-natal ajuda a prevenir e prever doenças que podem afetar a saúde do bebê, incluindo a audição;
-
Vacinação:
É recomendado que as jovens tomem a vacina de rubéola antes mesmo da adolescência, para garantir que, durante a gravidez, não haja imprevistos como desenvolver a doença;
-
Teste da orelhinha:
Esse teste é feito em recém-nascidos e ajuda a verificar se há algum tipo de anormalidade auditiva;
-
Atenção com objetos pontiagudos:
Canetas, grampos e outros tipos de materiais pontiagudos, quando são introduzidos nos ouvidos, podem causar diversas lesões sérias, que podem prejudicar a audição permanentemente;
-
Atrasos de fala:
Alguns problemas de atraso de fala podem ser indicativos de problemas auditivos em crianças, caso o atraso seja longo, é indicado uma visita a um especialista, para verificar se há causas maiores para o atraso de aprendizagem;
-
EPIs:
O uso de equipamentos de proteção individual é muito importante para prevenir problemas que serão desenvolvidos a longo prazo quando expostos por muito tempo a sons altos e intensos.
O que é surdez súbita
A surdez súbita é quando ocorre uma perda repentina na audição ou então uma piora significante e rápida no problema auditivo já existente. Geralmente ela acontece em pessoas com mais de 40 anos de idade e pode ocorrer em apenas um ou nos dois ouvidos. A recuperação tende a ser natural e acontece em 15 dias após o surgimento. Porém, para pessoas que já possuem problemas auditivos graves e com vertigem, essa recuperação pode ser mais difícil, podendo até não ocorrer, em muitos casos. Outro fator que pode influenciar na recuperação é a idade, quanto mais novo, maiores as chances de haver uma recuperação total da audição.
Os sintomas da surdez súbita podem ser diferentes para cada pessoa. Usualmente ela se inicia notando a redução da capacidade auditiva, zumbidos e vertigens acentuadas (falsa sensação de movimento). Pressão nos ouvidos também pode ser um sintoma, como se eles estivessem com algum tipo de obstrução. Em maioria, 70% dos casos, os principais sintomas persistentes são os zumbidos e, em segundo lugar com 30% dos casos, vertigens. Os dois problemas tendem a desaparecer com o tempo.
Esse tipo de perda auditiva pode estar relacionado com doenças, medicamentos, inflamações, infecções e até mesmo atividades físicas com maior intensidade ou mudanças de pressão.
Lembrando que apenas médicos e cirurgiões-dentistas com habilitação médica em dia podem fazer diagnósticos de doenças e indicar os melhores métodos de tratamento para cada caso.